Sono, ué

Chegando em casa, com o sol já clareando
Percebo o quanto escuro está aqui dentro de mim.
A embriaguez ainda me parece mais lúcida que todo meu amor reprimido
Por que tudo mudou e eu não tinha percebido ainda
Aqueles sorrisos... São por outros motivos
Aqueles histórias... velhas histórias... Já não fazem mais sentido
Toda aquela amizade, não passa de um passo sem sombras
Saudades ficaram. E apenas elas.
O sono me arrasta pra cama
A garrafa, para o bar
Me chama, e me diz que tudo acabou
Sem querer aceitar, ficou onde estou
Com vontade de chorar, com vontade de gritar
Vendo o tempo passar, todo mundo ir sem se despedir
E eu ficar... E eu ficar só.
Só eu e minha solidão.
Embrigado-me outra vez, na busca de uma alucinante viagem
Em busca de nada. Em busca de ninguém.
O sol já raiou, e o canto dos pássaros me fazem companhia.
O dia despertou, e ainda não descobri porque acabou
Por que nada restou
Por que todos se foram. E nem ele ficou. 

Comentários

  1. Talvez a solidão nos seja inerente. E o externo, a respeito, irrelevante.
    GK

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