Teus olhos são frios como as espadas, e claros como os trágicos punhais. Tem brilhos cortantes de metais e fulgores de laminas geladas. Vejo neles imagens retratadas, de abandonos cruéis e desleais. Fantásticos desejos irreais, e todo o ouro e o sol, das madrugadas.
— Soneto de Florbela Espanca, Adaptação de Helton Moura.

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A vida me tornou poeta sem eu permitir, e me fez escrever romances sem eu saber como. Sou peça humana que age com dor e amor, para demonstrar que não faço todas escolhas, porque antes Deus me escolher para fazer não sei o que, Sei lá quando ou pra quê.
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Um outro tipo de verdade.

A verdade as vezes vem pra libertar, pra aprender, para nos fazer chorar, lamentar e reclamar... Porém quando ela não esta presente, causa os mesmos sintomas. O que seria então a verdade? Poderíamos chama-la de tempo? Poderíamos chama-la de tristeza? Ou quem sabe realidade ? Talvez realidade demais para nossos corações irracionais. Talvez bom demais para quem não gosta da maldade. Mas meu melhor se esconde no pior, e a verdade sempre vem à tona. Talvez eu seja má, mas dessa vez, eu considero a verdade como ilusão. Pois mentiu para a melhor parte de mim, e me convenceu de tal forma que me faz querer viver assim ao invés de viver sem ti. O meu maior vício.
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A melhor coisa que não me aconteceu

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...Foi eu ter te reencontrado Foi eu ter te beijado Foi eu querer ainda mais estar ao seu lado Foi correr loucamente, para te encontrar e dizendo que te amo, já sem fogo, e sem ar. Foi parecer uma garotinha de 15 anos, doida pra te mimar. Poder encostar nos teus braços e nunca mais querer largar. Mas a pior coisa foi conhecer você. Ter você, beijar você, estar ao seu lado, dizer que te amo e correr até te alcançar. Foi te amar intensamente, mesmo sabendo que você iria partir cedo, mesmo sabendo que o romance não está presente nas guerras, mesmo sabendo que na chuva, as flores não florescem. Mesmo sabendo que a mim, você nunca pertenceu. Você foi a melhor coisa que não me aconteceu.
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